No último artigo falamos da importância de fazer e se manter fiel a um orçamento para que o percurso das finanças pessoais tenha um final feliz.
Se entretanto já fizeram o vosso ficheiro Excel (ou qualquer outro modelo) é possível que se sintam algo desanimados com o panorama atual. Isso é perfeitamente normal e sei bem o que isso é pois já estive na mesma situação.
O melhor que tenho para dizer nesta situação é "mantenham o foco, olhem em frente, projetem os vossos objetivos e trabalhem para eles".
O caminho das finanças pessoais é, por vezes, penoso e solitário. Infelizmente a cultura e educação financeira é praticamente inexistente em qualquer lado, e Portugal não é exceção, pelo que qualquer pessoa que o tente seguir se vai sentir, em algum momento, deslocado da realidade que o rodeia. Nem sempre é fácil dizer que não aquela noitada de amigos porque "estamos cansados" quando sabemos que na realidade o mês é que está mais comprido do que o ordenado, mas é nesse momento que podem dar um de dois cliques:
"Ando sempre a contar tostões e tenho de me contentar que será assim"
"Ando sempre a contar tostões e não o quero fazer mais".
Para quem já investigou alguma coisa sobre finanças pessoais, de certeza que já esbarraram com o nome Robert Kiyosaki, autor de livros sobre o tema, entre os quais o famoso "Pai Rico, Pai Pobre". Pode não se gostar particularmente dele - que não gosto - ou não concordar com muitas coisas deste livro - que não concordo - mas há uma parte da história que pode ser bem aproveitada para aqui.
Consta que, quando confrontado com algo para o qual não tinham dinheiro, o Pai Pobre dizia "não posso comprar" e o Pai Rico dizia "o que preciso de fazer para conseguir comprar?". Esta forma de abordar o problema traz frutos não só porque estimula a vossa capacidade e resiliência mas também porque acabarão por ter o tal "algo" que queriam.
Esta é a mensagem que tenho para vocês hoje e é mais motivacional do que propriamente técnica.
Se estiverem realmente empenhados na melhoria das vossas vidas financeiras, mais cedo ou mais tarde vão-se sentir desmotivados e sem vontade de continuar. É nesse momento que devem abrandar os vossos pensamentos, focarem-se nos vossos objetivos, dizerem para vocês mesmo que vão conseguir e que estão a fazer este esforço por um bem maior e por algo que realmente querem para vocês.
Utilizem a frustração como impulsionador da vossa motivação e vão ver que vão longe. Insistam, persistam, não desistam e irão ver como tudo vai correr bem!
Boa sorte!
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