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Quanto dinheiro preciso para não ter de trabalhar?

Foto do escritor: Sérgio RodriguesSérgio Rodrigues

Quando se começa a falar de dinheiro, uma das perguntas mais habituais a surgir é exatamente a do título desta publicação "Quanto preciso de ter para deixar de trabalhar (se assim o quiser)?". Este foi um tema que raramente abordo com grande detalhe e achei que estava na altura ideal de o fazer.


Quanto dinheiro preciso para não ter de trabalhar?

Vou assumir que ter dinheiro suficiente para fazer o que quisermos, quando quisermos e da forma que quisermos é um objetivo de muitos de nós. Passamos, por vezes, anos da nossa vida a fazer trabalhos que não queremos, com pessoas que não gostamos para ganhar dinheiro e suportar o nosso custo de vida. Acredito que este não seja o plano ideal para muitos de nós e, se estás a ler isto, suponho que fazes parte deste grupo.


 

Então vamos lá ser práticos. Quanto preciso ter para atingir esta liberdade financeira? Na verdade, existem dois caminhos possíveis!


 

O primeiro caminho é o que se chama de acumulação e isto significa, tal como o nome indica, acumularmos uma quantidade de dinheiro suficiente para pagar o nosso estilo de vida até ao final dos nossos dias.


Este método surge, habitualmente, agarrado a uma fórmula que diz que deves acumular 25 vezes as tuas despesas anuais, ou seja, se o teu estilo de vida atual custa 1.000€ por mês, então deves acumular 300.000€ (1.000€ x 12 meses x 25) para poderes chamar-te de financeiramente independente. Este número 25 não é aleatório nem significa que só vais ter dinheiro para 25 anos. Tens de te lembrar que o teu dinheiro tem de estar investido para que continue a gerar mais dinheiro. O número 25 surge por se assumir que consegues uma rentabilidade média de 4%/ano (e 4% X 25 = 100%), o que significa que os teus 300.000€ vão gerar um rendimento de 12.000€/ano, exatamente o valor das tuas despesas anuais. Isto significa que apenas os juros e dividendos dos teus investimentos serão suficientes para manter o teu estilo de vida e, provavelmente, nunca terás de mexer naqueles 300.000€ que acumulaste. Obviamente que estamos a deixar aqui de fora temas como a inflação e os 1.000€ hoje serão qualquer coisa como 1.350€ daqui a 30 anos, assumindo uma inflação média de 1%/ano. A expectativa é que a tua fórmula se vá também ela adaptando e que a rentabilidade dos teus investimentos acompanhe também esse crescimento e vá compensando.


Esta fórmula, a meu ver, faz sentido mas tem um grande ponto contra: a rentabilidade assumida! É um valor baixo e que vai afetar o capital total necessário. No longo prazo, e com um perfil um pouco mais agressivo, consegues o dobro deste valor. Lembra-te que o S&P500 (o índice norte-americano das 500 maiores empresas) tem uma rentabilidade média de 10%, por isso mesmo que queiras ser mais conservador na tua carteira, os 4% continuam a ser bastante baixos. Com isto em mente, coloco aqui em baixo a fórmula que acho fazer mais sentido por ser mais customizada à tua realidade:


(100 / Rentabilidade Anual da tua Carteira) x Despesas Mensais x 12


Se tiveres, por exemplo, uma rentabilidade anual da tua carteira situada nos 7% e as tais despesas mensais de 1.000€, a conta será então (100 / 7) x 1.000 x 12 = 171.428€.


Abaixo encontras um gráfico que simula esta conta para rentabilidades entre os 1% e os 10%. Repara como o efeito exponencial tão conhecido nas finanças também se aplica aqui:


Quanto dinheiro preciso para não ter de trabalhar?

 

NOTA: Estes valores devem ser tomados apenas como referência. Lembra-te que quanto maior a rentabilidade assumida, maior o risco de ela não acontecer. Faz as tuas contas de forma prudente!


 

Vimos então que o primeiro caminho para a independência financeira é acumulares o capital necessário para viveres o resto da tua vida.


O segundo caminho é o do rendimento passivo. Se o rendimento passivo é aquele que tens com pouca ou nenhuma dedicação do teu tempo então também é uma opção válida, certo? Se tens forma de receber dinheiro sem que tenhas de estar agarrado a um sítio, um horário ou qualquer compromisso então é uma opção que faz sentido.


Então nesta estratégia, a conta é mais simples e apenas tens de garantir que o total do teu rendimento passivo líquido (já depois de todas as despesas e impostos) é suficiente para cobrir as tuas despesas mensais. Voltamos ao exemplo dos 1.000€ de despesas mensais. Se tens, por exemplo, dois imóveis arrendados que, depois de tudo pago, te rendem 500€ por mês cada um, então tens a tua liberdade financeira alcançada.


Em ambos os métodos tens que ter SEMPRE uma margem de segurança para acautelar variações e imprevistos. Nunca faças as contas mesmo à tangente pois podes ver-te numa situação complicada algum tempo depois. No entanto, e com isto em mente, a mensagem que te quero passar é que a liberdade financeira é possível, perfeitamente possível. Vai exigir alguns anos do teu esforço e dedicação, claro, mas se começares cedo é possível alcançá-la no final dos teus trintas/início dos quarentas. Parece-me bastante melhor do que ficares agarrado a um trabalho até aos 66 e depois levares um corte nos teus rendimentos, não achas?


Mentaliza-te que o que custa é começar. Os primeiros anos em que estiveres neste processo, assumindo que começas com pouco capital, o retorno que vais ver é praticamente nenhum. Deixa o tempo correr, sem pressas! Mantém-te paciente e persistente!


Alcançar a independência financeira é um objetivo poderoso que começa com pequenas ações consistentes e bem direcionadas. Investir em ETFs é uma das formas mais simples e económicas de dar os primeiros passos, permitindo-te diversificar o teu portefólio e crescer de forma sustentável.


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2 comentários

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2 komentara

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Lili
02. sij
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Muito bom artigo!🎖️

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Muito obrigado 🙂

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