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Foto do escritorSérgio Rodrigues

A frustração de combater a cultura!

Em Maio de 2023 celebro o terceiro aniversário desde que comecei a partilhar conteúdos e ideias sobre finanças pessoais, literacia financeira, investimentos e tudo isso.


Tem sido um caminho incrível e que quero muito continuar a fazer mas nem sempre tudo corre bem.


Neste artigo quero partilhar contigo algumas das frustrações que sinto no meu dia-a-dia.



Se já me segues a algum tempo, seguramente que já me ouviste dizer que a mentalidade é a base de tudo e que enquanto não conseguirmos mudar e melhorar isso, então tudo o resto não vai acontecer ou, no limite, será muito mais difícil. Apesar de a questão da mentalidade ser a principal é também a mais complicada e complexa de mudar, porque em muitos dos casos, vai mexer com as nossas ideias, crenças, hábitos e afins e isso é algo que muitos de nós queremos deixar lá bem enterrados nas nossas memórias e nem sequer queremos pensar nelas.


Se te revês nisto, então estou aqui para te desafiar a fazer exatamente isso e a trabalhares essa parte da tua vida.


Vou-te dar um exemplo claro do impacto que tem a nossa mentalidade.


Há uns tempos, numa publicação de Instagram de um dos grandes canais de notícias, falava sobre os problemas de habitação e onde se falava do facto de alguns senhorios estarem a pedir várias rendas antecipadas e meses de caução.


Na minha boa fé, comentei a publicação mencionando que tinha sido aprovada, no Orçamento de Estado de 2023, uma medida que limitava os senhorios a um máximo de duas rendas antecipadas e duas rendas de caução. Partilhei com o objetivo de informar as pessoas dos seus próprios direitos, porque acredito que isto é uma das coisas básicas de uma sociedade desenvolvida: o conhecimento e cumprimento dos seus direitos e deveres.


Acredito, ou quero acreditar, que algumas pessoas viram o comentário e que o mesmo foi importante para elas de alguma forma. No entanto, há algo que eu tenho a certeza: a maioria, para não dizer todos, os comentários que recebi foram de crítica ou negativos e houve de tudo.


Houve quem dissesse que a culpa do mercado estar assim era dos imigrantes que ocupavam as casas, havia quem defendesse que a culpa era dos oportunistas e gatunos senhorios e até houve quem comentasse que a culpa era dos próprios inquilinos. Como é óbvio, o tradicional “a culpa é do Costa e do governo” também apareceu na festa.


Este tipo de comentários são a norma quando se abre qualquer caixa de comentários nas redes sociais e, muito mais do que gostava, a conversa “descamba” muito rapidamente para as ofensas diretas e pessoais, num descalabro absoluto de comportamento. Felizmente comigo foram pouquíssimas as vezes que isso aconteceu e terminam sempre num bloqueio da pessoa que está do outro lado. Sou uma pessoa que aceita opiniões e gosta de discutir ideias de forma aberta e honesta mas não estou disponível para ofensas e faltas de respeito, lamento.


 

Este tipo de mentalidade está a bloquear-nos, é o que tenho a dizer.


 

Está a bloquear-nos enquanto povo, comunidade e país. A constante procura da crítica barata, do argumento de desculpa e do encontrar culpados tem de mudar, ou então estaremos sempre condenados ao fracasso.


Claro que “o Costa e o governo” estão longe de ser bons exemplos e muita da minha crítica vai diretamente para eles e para todas as atitudes absolutamente condenáveis que temos vindo a assistir mas, na verdade, seremos nós, o “povo” assim tão diferente? Quando se descobre mais um esquema de fuga ao fisco por um governante ou um amigo deste, o público surge, e bem, em crítica aberta. A pergunta que faço é “quantas dessas pessoas também cumprem todas as suas obrigações fiscais?” Será que pedem as faturas de tudo o que compram?”. Será que declaram tudo o que ganham?”.

O problema é cultural e tem de mudar. A mudança começa em cada um de nós, na sua vida e nas suas coisas.


Vamos fazer esse caminho juntos? Posso contar contigo?


Falei sobre este tema também no meu canal de Youtube. Podes ver o vídeo aqui.


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